Dieta da proteína: mitos e verdades

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A pergunta que não quer calar é: a dieta da proteína traz benefícios ou malefícios? Se o seu objetivo for emagrecer rapidamente, podemos dizer que ela pode fazer bem e mal ao mesmo tempo. Qualquer dieta que corte um grupo importante de alimentos pode trazer riscos à saúde, caso não seja realizada com acompanhamento de um profissional. Com a dieta da proteína não é diferente.

Não existe uma, nem duas e nem três, de um tempo pra cá dentro da dieta da proteína foram surgindo cardápios e restrições diferenciadas. Entre as mais conhecidas estão a Dieta de Atkins, Dieta Protal e a Dieta Dukan, que ficou conhecida principalmente depois de ser aderida pela princesa Kate Middleton. De modo geral, a dieta da proteína valoriza o alto consumo de proteínas de origem animal e vegetal e prega o corte considerável de carboidratos e fibras.

Essas dietas geralmente possuem várias fases, sendo que as primeiras duas semanas são as consideradas mais difíceis, já que o consumo de carboidratos é limitado a no máximo 20 gramas, que pode ser obtido apenas com vegetais. Em determinados momentos é liberado o consumo de algumas frutas e até alguns alimentos com alto teor de carboidratos.

Que emagrece é incontestável! A ausência de carboidratos na alimentação faz o organismo queimar rapidamente suas fontes de gordura. De maneira simplificada, quando você consome menos açúcar, seu corpo usa a gordura como fonte de energia e assim acontece a perde de peso.

Até que o organismo se acostume com a falta de carboidratos é comum sentir fraqueza e tontura, mas geralmente esses sintomas passam após o terceiro ou quarto dia. Ainda que os sinais sumam com o tempo, é indicado que a dieta seja realizada apenas durante 15 dias, com 3 dias de intervalo, podendo ser repetida por no máximo mais 15.

Conheça os principais mitos e verdades sobre a dieta da proteína

  • A dieta realmente emagrece e uma grande diferença já pode ser notada nas primeiras semanas, pois não se perde apenas gorduras, mas também massa muscular e a maior parte vem da perda de líquidos. A princípio a dieta se concentra na perda de peso, eliminando mais água do que gordura, mas em seguida é possível também verificar o emagrecimento real.
  • Por outro lado, a dieta não ajuda a ganhar músculos. Para auxiliar na construção dos músculos é preciso consumir carboidrato, já que uma grande parte da musculatura é formada por glicogênio. A proteína está mais ligada à manutenção da musculatura e contenção do catabolismo, do que ao ganho de massa muscular.
  • Também não é mentira que a dieta da proteína contribui para o aumento de fraqueza ao longo do dia. Além do carboidrato ser a principal fonte de energia, é também de rápida absorção, isso significa que ele se transforma em glicogênio e é armazenado no fígado e quando necessário, é a primeira fonte que nosso corpo recorre em busca de energia. Com a restrição a esse grupo de alimentos, o corpo precisa quebrar proteínas para transformar em energia e esse processo é extremamente lento.
  • Principalmente na primeira fase da dieta o intestino pode funcionar mais lentamente, pois depende diretamente da água do organismo e como se perde muita água durante a dieta, a tendência é que o intestino fique preguiçoso e as fezes ressecadas.
  • Na minoria dos casos, como em idosos ou pessoas com problemas renais, a restrição alimentar também pode sobrecarregar os rins.
  • Pode parecer estranho aumentar o consumo de gorduras durante uma dieta, mas neste caso é isso que acontece. A matemática é simples: devemos consumir uma determinada quantia de calorias por dia, e se retiramos de uma fonte, devemos acrescentar de outras. Também é válido lembrar que uma proteína animal, como a carne, sempre virá acompanhada de gordura, por mais limpa que seja.
  • Se comparada com outras dietas, essa realmente emagrece muito mais rápido, pois diminui-se a quantidade de água retida nos músculos para fornecer energia para o corpo.
  • A dieta é contra indicada para gestantes, mulheres que estão amamentando, crianças, idosos ou pessoas com problemas renais ou do coração. Em caso de liberação de um profissional é preciso fazer acompanhamento constante.