O que são os alimentos funcionais?

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Ter uma boa alimentação está diretamente ligado ao bom funcionamento do organismo. Escolher os alimentos adequados, respeitando a individualidade de cada pessoa, é a melhor maneira de manter o corpo em perfeitas condições. Nessa onda pela busca de uma melhor qualidade de vida, muito se ouve falar em alimentos funcionais. Mas afinal para que eles servem?

O termo “alimento funcional” surgiu na década de 80, no Japão. Hoje em dia, esses produtos já dominaram o mundo e devem estar devidamente enquadrados nas legislações específicas de cada país. No Brasil, para proteger o consumidor, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina uma série de normas e procedimentos para registrar um alimento com alegação de propriedades funcionais de saúde.

De acordo com a Anvisa os alimentos ou ingredientes funcionais são aqueles que proporcionam, além das funções nutricionais básicas, efeitos fisiológicos ou metabólicos por meio da atuação de um nutriente ou não nutriente no crescimento, desenvolvimento, manutenção e em outras funções normais do organismo.

Os alimentos funcionais não são milagrosos e, portanto, não possuem o poder de cura, mas se consumidos regularmente podem reduzir o risco de doenças cardiovasculares, crônicas, autoimunes e outras diversas, além de aumentar a defesa do organismo.

Os alimentos funcionais são classificados em três grupos:

Alimentos com propriedades imunológicas: ajudam o sistema imunológico a se defender de diferentes antígenos e evitem o aparecimento de patologias no organismo. Neste grupo encontram-se frutas, hortaliças, probióticos e prebióticos e chás.

Alimentos com ações antioxidante: responsáveis por eliminar ou impedir a transformação de radicais livres em produtos mais tóxicos. Os alimentos são ricos em Vitaminas C e E, Zinco e Betacaroteno. Podem ser encontrados na cenoura, brócolis, espinafre, tomate, abóbora e etc.

Alimentos ricos em ácidos graxos poli-insaturado, ômega 3 e ômega 6: o organismo não pode sintetizar essas substâncias. O ômega 3 (alfa-linolênico) é o percursor dos ácidos eicosapentaenóico  e decosahexanoicos, que são integrantes das membranas celulares e desempenham função no funcionamento da retina e desenvolvimento cerebral. O ômega 6 (linoléico) origina o ácido araquidônico, constituinte da membrana fosfolipídica e precursor de outros compostos importantes que intervêm na regulação da pressão sanguínea, frequência cardíaca, coagulação sanguínea, dilatação vascular e resposta imunológica. Podem ser encontrados nos peixes, semente de linhaça e chia e óleos vegetais como milho, soja e colza.

Ao consumir qualquer alimento da gastronomia funcional, dê preferência para os alimentos orgânicos e biodinâmicos, que são cultivados sem adubos químicos e agrotóxicos. No caso dos industrializados, é preciso estar mais atento quanto aos ingredientes utilizados e se a eficácia foi realmente avaliada. Atente-se sempre as instruções e tabela nutricional dos rótulos.

Sempre que possível opte por alimentos frescos ou que tenham sofrido pouco processamento.